A negligência e o abandono são problemas graves que afetam milhares de pessoas, tanto em lares quanto em instituições de cuidado. Segundo Paulo Henrique Silva Maia, Doutor em Saúde Coletiva pela UFMG, esses comportamentos comprometem não apenas o bem-estar físico, mas também a saúde mental dos indivíduos afetados.
Quando falamos de negligência e abandono, estamos nos referindo à omissão dos cuidados básicos, como alimentação, higiene, acompanhamento médico e atenção emocional. Esses atos podem gerar consequências severas, principalmente em populações vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com deficiência. Entenda!
O que caracteriza negligência e abandono?
Negligência e abandono são formas de violência silenciosa. Paulo Henrique Silva Maia explica que esses atos acontecem quando responsáveis, sejam familiares ou profissionais, deixam de oferecer os cuidados necessários, colocando em risco a vida e a dignidade da pessoa assistida. A negligência ocorre quando há falhas no atendimento das necessidades básicas, seja por descuido, desinformação ou desinteresse. Já o abandono se caracteriza pelo afastamento completo, deixando o indivíduo sem qualquer suporte físico ou emocional.
Essas práticas podem ocorrer tanto no ambiente familiar quanto em instituições de cuidado, como abrigos, casas de repouso, clínicas e hospitais. Infelizmente, muitos casos passam despercebidos pela sociedade e até mesmo por órgãos fiscalizadores, devido ao caráter silencioso desse tipo de violência. No ambiente doméstico, a sobrecarga emocional, financeira ou até a falta de preparo dos cuidadores contribuem para a negligência.
Quais são os principais sinais de negligência e abandono?
Identificar a negligência e o abandono nem sempre é simples, mas existem sinais claros que merecem atenção:
- Má higiene pessoal e do ambiente
- Desnutrição ou perda de peso acentuada
- Feridas, escaras ou lesões não tratadas
- Quadro emocional abalado, como tristeza constante, apatia ou isolamento
- Faltas recorrentes em consultas médicas ou ausência de medicação
- Ambiente sem segurança, conforto ou condições adequadas
Paulo Henrique Silva Maia pontua que os impactos da negligência e do abandono são profundos e podem ser irreversíveis, principalmente quando ocorrem de forma contínua. As consequências podem ser físicas, emocionais, sociais e até legais.

Entre os principais efeitos estão:
- Agravamento de doenças
- Declínio da saúde mental
- Perda da autonomia
- Desenvolvimento de transtornos psicológicos, como depressão e ansiedade
- Sentimento de rejeição, inutilidade e desamparo
Qual é o papel das instituições e da sociedade?
A responsabilidade de combater a negligência e o abandono é compartilhada. A sociedade civil, os órgãos governamentais e as instituições de cuidado devem trabalhar de forma integrada. O fortalecimento das políticas públicas, fiscalização rigorosa das instituições e campanhas educativas são estratégias indispensáveis. Além disso, é fundamental incentivar a cultura do cuidado, da empatia e da solidariedade.
O empresário Paulo Henrique Silva Maia, que atua há anos na defesa da saúde coletiva, reforça que o compromisso social precisa ser constante e alinhado às boas práticas de cuidado e respeito à dignidade humana. A negligência e o abandono representam uma ameaça silenciosa, mas extremamente prejudicial, que atinge milhões de pessoas em diferentes contextos. A conscientização, a denúncia e a implementação de medidas preventivas são ações urgentes e necessárias.
É essencial que todos – familiares, profissionais, gestores e sociedade – estejam atentos aos sinais, adotem práticas responsáveis e atuem de forma colaborativa para proteger os mais vulneráveis. Seja no ambiente doméstico ou em instituições, garantir o cuidado, o respeito e a dignidade é uma obrigação ética e legal. A prevenção da negligência e do abandono começa pela conscientização da sociedade.
É essencial reconhecer os sinais e agir prontamente. Por fim, conforme Paulo Henrique Silva Maia, a adoção de práticas humanizadas e a valorização do cuidado são fundamentais para a construção de ambientes mais seguros e acolhedores.
Autor: Wright Adams