A busca por maior produtividade no campo deixou de depender exclusivamente do uso intensivo de insumos químicos e passou a incorporar práticas que respeitam os ciclos naturais do solo, da água e da biodiversidade. É nesse cenário que a agricultura regenerativa ganha destaque como um modelo capaz de unir produção eficiente e sustentabilidade. O advogado Carlos Alberto Arges Júnior, especialista em direito do agronegócio, afirma que essa abordagem representa uma evolução necessária para produtores que desejam prosperar no longo prazo sem comprometer os recursos naturais.
O que é agricultura regenerativa?
A agricultura regenerativa é um conjunto de práticas agrícolas que visa restaurar e fortalecer os ecossistemas naturais, promovendo a saúde do solo, o aumento da biodiversidade, o sequestro de carbono e o uso eficiente da água. Ao contrário da agricultura convencional, que muitas vezes degrada o solo e esgota os recursos, o foco da abordagem regenerativa está em criar sistemas produtivos mais resilientes e integrados à natureza.

Segundo Carlos Alberto Arges Júnior, esse modelo propõe uma relação mais equilibrada entre produção e preservação, trazendo benefícios não só ambientais, mas também econômicos e sociais.
Produtividade com base em solos vivos
Um dos principais pilares da agricultura regenerativa é o cuidado com a vida do solo. Práticas como a rotação de culturas, o uso de adubos orgânicos, o plantio direto e a cobertura vegetal contínua contribuem para a formação de um solo mais fértil, com maior capacidade de retenção de água e nutrientes. Essa condição favorece o desenvolvimento saudável das plantas, reduz a necessidade de fertilizantes e defensivos e, consequentemente, diminui os custos de produção.
De acordo com o Dr. Carlos Alberto Arges Júnior, a regeneração do solo também reduz os riscos de erosão, compactação e salinização — problemas frequentes em propriedades com manejo intensivo e pouco diversificado.
Além disso, solos bem estruturados contribuem para a estabilidade da produção mesmo em anos de seca ou eventos climáticos extremos, ampliando a segurança do produtor.
Biodiversidade como aliada da eficiência
Outro ponto importante da agricultura regenerativa é o incentivo à biodiversidade. Isso inclui tanto a diversidade de culturas quanto a preservação de polinizadores, insetos benéficos e microrganismos que contribuem para o equilíbrio ecológico da lavoura. A presença de diferentes espécies vegetais no campo rompe ciclos de pragas, melhora o aproveitamento de nutrientes e fortalece o sistema como um todo.
Carlos Alberto Arges Júnior ressalta que esse tipo de manejo não só favorece a produtividade, mas também melhora a imagem da propriedade frente aos mercados consumidores, cada vez mais exigentes com relação à sustentabilidade e ao impacto ambiental da produção.
A valorização da biodiversidade também facilita o acesso a certificações socioambientais e programas de incentivo financeiro promovidos por instituições públicas e privadas.
Redução de custos e aumento da resiliência
Um dos grandes equívocos em torno da agricultura regenerativa é a ideia de que ela representa uma redução da produtividade. Na prática, ao reduzir a dependência de insumos externos, melhorar a saúde do solo e otimizar os recursos naturais, o modelo pode resultar em margens de lucro maiores e menor vulnerabilidade a oscilações de mercado.
Conforme destaca o Dr. Carlos Alberto Arges Júnior, a economia com fertilizantes, pesticidas e correções constantes do solo é significativa. Além disso, a diversificação da produção — comum nesse modelo — também reduz riscos econômicos, oferecendo mais estabilidade e alternativas ao produtor.
O uso de tecnologias de monitoramento, inteligência climática e manejo integrado complementa a estratégia regenerativa e amplia sua eficiência.
Segurança jurídica e valorização de mercado
A agricultura regenerativa também traz reflexos positivos do ponto de vista jurídico. O respeito à legislação ambiental, o manejo responsável dos recursos naturais e a rastreabilidade da produção protegem o produtor de autuações e passivos ambientais. Segundo Carlos Alberto Arges Júnior, propriedades que adotam práticas sustentáveis têm mais facilidade para acessar crédito rural, firmar parcerias comerciais e participar de programas governamentais de fomento.
Além disso, a valorização dos produtos regenerativos no mercado internacional tem gerado novas oportunidades comerciais, especialmente em nichos voltados à alimentação saudável, orgânica ou com pegada ecológica reduzida.
Conclusão: produtividade regenerativa é possível
A agricultura regenerativa não é uma tendência passageira, mas uma resposta concreta aos desafios que o agronegócio enfrenta em termos de produtividade, clima e mercado. O modelo mostra que é possível produzir com eficiência, rentabilidade e responsabilidade, respeitando os limites naturais do ambiente e gerando benefícios duradouros para o solo, para a biodiversidade e para as futuras gerações.
Para o advogado Carlos Alberto Arges Júnior, o sucesso na transição para esse modelo passa por planejamento técnico, apoio jurídico e visão estratégica. Mais do que uma escolha ecológica, a agricultura regenerativa é uma oportunidade real de aumentar a produtividade com inteligência e sustentabilidade.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Júnior
Site: argesadvogados.com.br
Autor: Wright Adams