Segundo o fundador cotista do Grupo BSO – Brazil Special Opportunities, Cleiton Santos Santana, o Brasil está vivendo um momento decisivo na sua transição energética, com um foco crescente em combustíveis sustentáveis. Assim, o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis como a energia solar e eólica, promete transformar diversos setores, incluindo o transporte. Saiba como o hidrogênio verde pode impactar a mobilidade no Brasil, desde a indústria de transportes pesados até as soluções mais inovadoras para o futuro.
O que é o hidrogênio verde e como ele pode ser produzido no Brasil?
O hidrogênio verde é considerado um dos combustíveis do futuro, especialmente por sua capacidade de descarbonizar setores industriais e de transporte. No Brasil, a produção desse hidrogênio pode se beneficiar enormemente da abundância de recursos renováveis, como a energia solar e eólica. O processo de produção do hidrogênio verde envolve a eletrólise da água, um método em que a eletricidade gerada por fontes renováveis separa o hidrogênio do oxigênio, gerando um combustível que não emite CO2 durante sua produção.
O país também aposta no etanol como matéria-prima para a produção de hidrogênio verde. Como Cleiton Santos Santana aponta, apesar de ainda ser menos poluente que o hidrogênio derivado do gás natural, essa alternativa utiliza a infraestrutura já existente no país para expandir a produção de hidrogênio de forma mais rápida. A diversificação das fontes de produção coloca o Brasil como um forte concorrente no mercado global de hidrogênio verde, com grande potencial para exportação.
Como o hidrogênio verde pode impulsionar o transporte pesado no Brasil?
O Brasil possui um dos maiores mercados de transporte rodoviário do mundo, especialmente no setor de transportes pesados, como caminhões e ônibus. Esses veículos representam uma grande parte das emissões de carbono do país, o que torna a transição para fontes de energia mais limpas uma prioridade. O hidrogênio verde tem o potencial de ser a chave para a descarbonização do setor, uma vez que pode ser utilizado em células de combustível para alimentar veículos pesados sem gerar emissões de gases poluentes.
Conforme Cleiton Santos Santana explica, a adoção do hidrogênio verde no transporte pesado no Brasil pode ser viabilizada por incentivos governamentais e pela infraestrutura necessária para o abastecimento de veículos com esse combustível. O governo brasileiro já destinou bilhões de reais para apoiar essa produção. Além disso, a iniciativa de projetos como o Programa Nacional de Diesel Verde pode complementar a transição ao oferecer soluções híbridas para os transportadores
Quais são os desafios e as oportunidades para o hidrogênio verde no setor de transporte brasileiro?
Embora o hidrogênio verde ofereça grandes promessas para o setor de transporte, sua implementação no Brasil enfrenta desafios significativos. A criação de uma infraestrutura de distribuição adequada e a necessidade de altos investimentos iniciais são obstáculos que ainda precisam ser superados. No entanto, a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro e o marco regulatório voltado para o hidrogênio verde indicam que o governo brasileiro está comprometido em criar as condições necessárias para impulsionar o setor.
Há 20 anos nos setores de energia, commodities e financeiro, Cleiton Santos Santana destaca que o mercado brasileiro de combustíveis renováveis também traz oportunidades únicas. O país tem potencial para se tornar um líder global na produção e exportação de hidrogênio verde, aproveitando sua infraestrutura já existente e o know-how na área de biocombustíveis.
Por fim, entende-se que o hidrogênio verde tem o potencial de transformar profundamente o setor de transporte no Brasil, principalmente no contexto das novas políticas de descarbonização e do fortalecimento do mercado de combustíveis sustentáveis. Cleiton Santos Santana ressalta que embora ainda existam desafios a serem enfrentados, como o custo de produção e a criação de infraestrutura, as oportunidades são imensas. Assim, o futuro do transporte brasileiro pode ser mais verde e sustentável.